AMETROPIAS • ERROS REFRACIONAIS • DEFEITOS DA VISÃO

MIOPIA • HIPERMETROPIA • ASTIGMATISMO • PRESBIOPIA

Como a imagem se forma em nosso cérebro?

A luz refletida pelos objetos entra em nossos olhos através da córnea até chegar a retina.

Pergunta: Luz refletida, como assim?

Resposta: Sim, acredite, somente enxergamos os objetos se os mesmos refletirem alguma luz. Se ainda está na dúvida, tente bloquear a entrada de luz parcialmente ou por completo na sua sala. Com pouca ou quase nenhuma luz para ser refletida pelos objetos, você não conseguirá enxergar quase nada.

Essa luz ativa células especializadas da retina que transformam este estimulo luminoso em impulso nervoso e é transmitido até o cérebro. O cérebro é quem transforma esse impulso nervoso na VISÃO.

A qualidade da imagem formada esta relacionada a capacidade do olho em convergir os raios luminosos na retina.

Quando a luz converge para a retina, o cérebro forma uma imagem nítida, resultando numa visão normal. Essa situação é chamada de EMETROPIA.

Quando os feixes de luz não são focados na retina chamamos de erros refracionais ou AMETROPIAS. Nesses casos existe a necessidade do uso de lentes corretivas para se ter uma visão nítida.

No entanto, não devemos entender esses defeitos da visão como doenças, pois decorrem apenas da focalização inadequada da luz que chega à retina.

Os sintomas vão variar com o tipo e o grau do erro refracional. Eles podem se apresentar como desconforto visual, borramentos ou distorções visuais, prurido, lacrimejamento, náuseas, dores de cabeça ou dor nos olhos.

Miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia são erros refrativos e podem ser corrigidos através do uso de lentes corretivas, especificas para cada caso, e podem ser confeccionadas em cristal (mais pesadas e quebram com maior facilidade) ou resina (mais leves, mais resistentes a quebra porem arranham com maior facilidade).

As lentes podem receber tratamentos para proteção contra riscos, tratamento antirreflexo, tratamento fotocromático (lentes que escurecem na claridade), podendo ser utilizados de acordo com a conveniência e necessidades individuais.

A cirurgia refrativa também é uma alternativa para correção definitiva dos erros refracionais. Porém, para um paciente poder ser submetido à cirurgia, ele deve ter refração estável, olho sadio e mais de 18 anos de idade. Uma avaliação aprofundada da córnea deve ser realizada para afastar possíveis complicações.

1 miopia - hipermetropia - astigmatismo

MIOPIA

O que é?

A miopia é a focalização da imagem antes desta chegar à retina, isto é, os raios luminosos que incidem no olho refletidos de objetos distantes, tendem a formar sua imagem a frente da retina.

Essa alteração é devido a um alongamento excessivo do globo ocular quando comparado a capacidade do olho em focalizar a imagem na retina, ou vice versa.

Como resultado os pacientes com miopia possuem uma visão desfocada (embaçada) para objetos vistos de longe, o que não ocorre para objetos próximos.

Para pessoas não míopes, a os raios luminosos focalizam exatamente na retina produzindo uma imagem nítida.

A miopia raramente ocorre ao nascimento. Ela geralmente surge na infância ou na segunda década de vida, entre os 8 e 14 anos, progredindo junto com o crescimento da criança e estabilizando por volta dos 20 anos de idade.

Causa

A ciência ainda não foi capaz de determinar as causas para a miopia. No entanto sabemos que uma criança com pais míopes possuem maior probabilidade em desenvolver miopia.

Sintomas

A principal queixa do míope é a visão embaçada para longe o que acaba exigindo um maior esforço visual e pode causar dor de cabeça, lacrimejamento e hiperemia ocular.

Por instinto e a fim de tentar melhorar sua visão, o míope acaba fechando um pouco seus olhos conseguindo alguma melhora em sua visão. Isto ocorre pois ao fechar um pouco os olhos o míope realiza um “filtro” dos raios de luz”, selecionando aqueles com trajeto mais retilíneo e capazes de chegar a sua retina.

Tratamento

A miopia pode ser corrigida com o uso de lentes divergentes através de óculos ou lentes de contato, ou cirurgia.

As lentes atuam de forma a corrigir o ponto focal da imagem fazendo com que a mesma possa ser projetada na retina.

Atualmente, existem muitos estudos em andamento para definir formas de interromper a progressão da miopia, mas ainda são inconclusivos.

HIPERMETROPIA

O que é hipermetropia?

A hipermetropia é a focalização da imagem depois da retina, isto é, os raios luminosos que incidem no olho refletidos de objetos próximos tendem a formar sua imagem depois da retina.

Essa alteração é devido a um achatamento excessivo do globo ocular quando comparado a capacidade do olho em focalizar a imagem na retina, ou vice versa.

Como resultado os pacientes com hipermetropia possuem uma visão desfocada (embaçada) para objetos vistos de perto, enquanto que para objetos mais distantes os mesmos possuem visão nítida.

Trata-se do erro refracional mais comum, constituindo-se em um estágio normal do desenvolvimento ocular humano. Quase todos os olhos, ao nascer, são hipermetropes e podem ser corrigidos de maneira natural durante a fase de crescimento. Pois com o crescimento do corpo humano, tem-se o alongamento do olho que pode levar a correção da hipermetropia, normalmente ao atingir a adolescência.

Causa

A ciência ainda não foi capaz de determinar as causas para a hipermetropia. No entanto sabemos que uma criança com pais hipermetropes possuem maior probabilidade em desenvolver hipermetropia.

Quais são os sintomas da hipermetropia?

O sintoma mais comum em um hiperemetrope é a visão embaçada principalmente para perto. Em situações em que a hipermetropia se encontra elevada podem ocorrer embaçamento visual também para longe.

Queixas como dores de cabeça ou cansaço ocular, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor, vermelhidão conjuntival e lacrimejamento ocular também são observados em pessoas com hipermetropia.

Qual o tratamento para a hipermetropia?

A hipermetropia pode ser corrigida com o uso de lentes convergentes, de superfícies convexas, através de óculos ou lentes de contato, ou cirurgia.

ASTIGMATISMO

O que é astigmatismo?

O astigmatismo é quando os raios de luz que incidem no olho geram a imagem em vários pontos (múltiplos pontos focais) causando uma distorção da imagem.

Isso acontece devido a uma irregularidade na curvatura da córnea ou do cristalino que distorcem a visão tanto de longe quanto de perto.

Em alguns casos o astigmatismo pode vir acompanhado da miopia ou da hipermetropia.

Quais são os sintomas do astigmatismo?
O sintoma mais comum para indivíduos com astigmatismo é a visão borrada tanto para longe quanto para perto.

As queixas mais frequentes são dor de cabeça, sensação de ardor e olho vermelho (hiperemia conjuntival). Frequentemente o astigmatismo também é causa de fotofobia (intolerância à luz).

Qual o tratamento para o astigmatismo?

O astigmatismo pode ser corrigido com o uso de óculos (lentes cilíndricas, cujo grau vem acompanhado do eixo a ser corrigido), lentes de contato ou cirurgia.

PRESBIOPIA

O que é presbiopia?

A presbiopia é também conhecida como VISTA CANSADA e é caracterizada pela dificuldade na visão de perto que surge por volta dos 40 anos. Reflexo de uma diminuição na capacidade de acomodação do olho que leva a uma dificuldade do olho em mudar o foco da visão de longe para a visão de perto.

Quais são os sintomas da presbiopia?

Com a presbiopia ocorre uma redução progressiva na capacidade da visão de perto iniciada por volta dos 40 anos de idade, e que se estabiliza após os 60 anos de idade.

O presbita tende a esticar os braços na tentativa de melhorar a capacidade de visão de perto.

Qual o tratamento para a presbiopia?

A correção da presbiopia é feita com uso de óculos.

Pacientes míopes podem ter o grau da presbiopia compensada pela própria miopia, sentindo conforto na leitura ao retirar os óculos.

O presbita pode escolher entre diferentes tipos de lentes:

  • Lentes monofocais (unifocais ou de visão simples): são lentes simples que só devem ser utilizadas na visão de perto (distância de 30 a 40 cm). Elas atrapalham na visão de longe.
  • Lentes bifocais: são lentes com divisão entre a parte superior da lente (com a correção para longe) e a parte inferior (com a correção para perto). Ao olhar pela parte superior e logo depois pela película inferior ou vice-versa o usuário observará um salto na imagem.
  • Lentes multifocais: são lentes com mudança gradativa no valor do grau da lente, permitindo visão de longe e de perto. São mais práticas que as monofocais por dispensar a troca constante dos óculos e não provocam uma alteração abrupta entre a visão de longe e a de perto como ocorre nas lentes bifocais, além de proporcionarem uma boa focalização a qualquer distância. Apesar das vantagens, neste tipo de lente ocorre uma perda na qualidade da visão periférica, além de exigir um período de adaptação do paciente até que o seu uso seja confortável.

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